FOTOGRAFIA FEMININA NÃO É SÓ PLAYBOY!

Há pouco tempo atrás as únicas referências de fotografia feminina sensual e nu artístico que a gente conhecia eram aquelas criadas especialmente pro público masculino: calendário de oficina, revista playboy e coisas do tipo. Não me surpreendo quando as pessoas associam esses materiais com os ensaios que se realizam hoje em dia e nos questionam sobre eles. Tem muita gente que ainda não sabe a diferença, porém agora, nós mulheres, nossos corpos e a fotografia, juntos, tem outro papel: muito mais pessoal, profundo e transformador.
Uma das primeiras coisas que eu digo para as minhas clientes que chegam cheias de dúvidas e inseguranças é: faça um ensaio primeiro por você, pra você, antes de qualquer outro objetivo, antes mesmo de esperar pela aprovação alguém. A arte é muito individual e o que muitas vezes te sensibiliza pode não tocar o outro.

A visão que os outros tem sobre nós mesmas é muito diferente da nossa própria realidade e, na maioria das vezes, ela é mais positiva do que a gente imagina. Nossa realidade individual é cruel muitas vezes e pode desencadear desde baixa auto-estima até depressão em alguns casos, principais pilares que necessitamos cuidar para ter uma vida saudável e feliz.
Vejo a fotografia como mais uma das diversas ferramentas disponíveis ao nosso redor para alcançar um mesmo objetivo: autoconhecimento, quebra de paradigmas e claro, uma forma linda se surpreender, de se sentir um mulherão da porr* e transformar a visão distorcida dos nossos próprios corpos.

Todos os dias deposito minhas energias aqui para que meu trabalho seja capaz de abrir mentes. Desde as mulheres incríveis que fotografo até os expectadores. Eu espero que meu trabalho convença as mulheres de que a hora é agora, e não "depois que eu emagrecer" ou "talvez quando eu ganhar mais corpo" muito menos "depois que eu fizer *aquele* procedimento estético" mas tampouco quero impedir qualquer pessoa de fazer uma mudança. Corpo é uma eterna transformação. É importante amar, admirar e registrar cada fase, do jeitinho que ele está nesse exato momento, pois é entre uma mudança e outra que a gente conta a nossa própria história.